quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Diagnóstico de surto prorrogado pela futura profissão - Camila Fernandes

Boa noite queridos e queridas.
Venho hoje relatar a vocês uma novidade. Conhecer o nosso corpo é uma tarefa muitíssimo complicada, bem entendo, requer uma experiência e uma observação, de si mesmo, minuciosa. Hoje, graças a Deus, sei que ainda tenho muito a descobrir, mas conheço meu corpo, ao menos para saber o que está acontecendo de diferente. Em nosso caso, esse diferente trata-se de um novo surto que são reconhecidos por aqueles sintomas que bem conhecemos: Formigamento, perda de força, falta de sensibilidade, fadiga, entre outros. Mas vou restringir-me de citar aqueles que estão presentes em mim, no momento.
Geralmente, vou ao médico só depois que reconheço que realmente se trata de um surto. Muitas vezes, infelizmente, até tenho que ser chamada a atenção para que isso aconteça. Bom, mas não é o que aconselho a vocês fazerem. Não deixem nenhum sintoma agravar. Só aprendam a reconhecer o seu corpo e, consequentemente, alguma anormalidade, o surto.
Vou contar um pouco da minha trajetória já no início dessa semana. Estou tendo os sintomas desde a sexta-feira. Esses sintomas se tratam daqueles citados acima. Como, ainda assim, não estavam me atrapalhando, resolvi deixar para ir ao médico depois de uma prova que eu tinha na faculdade na próxima terça-feira. Contudo, como esses sintomas começaram a se agravar e o meu noivo e minha mãe ficaram um tanto quanto preocupados, resolveram ligar para o médico na segunda. O médico os orientou a me levar na terça. Fiquei morrendo de medo de ficar internada, confesso. Afinal, minha prova era naquele dia.
Já conheço o médico que me atendeu, desde a minha primeira internação. Por sinal, trata-se, ao meu ver, de um excelente médico. Contudo, alguns desses médicos devem ter algum tipo de preconceito com pacientes de EM que estudam, ou já são psicólogos. Eis, que todos os médicos que me acompanham já sabem que estou no 6º período de psicologia. Com isso, todas as vezes em que vou a consultas com alguma queixa ou não, é ressaltada essa idéia: "A Camila é estudante de psicologia e está no 6º período".
Resultado da minha consulta: Me pediram outras ressonâncias magnéticas antes de ser tomada qualquer tipo de decisão. Claro que, como aconteceu um fato diferente das minhas outras 7 internações, questionei ao médico. Fui esclarecida de que se tratava de ver se realmente havia uma inflamação para ter que fazer a pulsoterapia. Com isso, fiquei me perguntando: "Então esse tipo de exame não teria que ser solicitado todas as vezes antes de qualquer procedimento como a nossa famosa pulsoterapia". Será que só os psicólogos tem algum problema específico para ter esse "privilégio"? De antemão já peço a Deus para que nenhum psicólogo, em especial, seja um portador de EM. Pois, se eles acham que tratar um psicólogo é uma tarefa mais difícil, imagina como nos sentimos perante a esses profissionais, nos quais confiamos inteiramente nossa vida, depois, é claro, do nosso Senhor Jesus Cristo!

Abraços a todos!

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